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Jornal britânico destaca a ‘farra do Viagra’ e o ‘constrangimento do populista Bolsonaro’

O ex-capitão, diz The Guardian, ‘frequentemente se vangloria de sua suposta virilidade’

O presidente Jair Bolsonaro ao lado de Edson Leal Pujol, então comandante do Exército. Foto: Marcos Corrêa/PR
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A compra pelo Ministério da Defesa de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas repercutiu na imprensa britânica. O jornal The Guardian, um dos mais tradicionais da Inglaterra, declarou que o presidente Jair Bolsonaro “enfrenta duras perguntas sobre a compra de Viagra pelo Exército”.

Na segunda-feira 11, os deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Elias Vaz encaminharam uma representação ao MPF solicitando investigação sobre a aquisição. Os parlamentares também afirmam que os medicamentos teriam sido comprados com superfaturamento de até 143%.

Nesta quarta-feira 13, Bolsonaro tentou explicar a líderes evangélicos a aquisição do Viagra. “Compram para combater hipertensão arterial e também doenças reumatológicas”, disse o presidente em um café da manhã no Palácio da Alvorada. “Com todo o respeito, não é nada. Quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usada pelos inativos e pensionistas.”

Segundo o Guardian, os opositores do ex-capitão “exigem respostas após a revelação de que as Forças Armadas do País gastaram com dezenas de milhares de pílulas para impotência”. As tentativas de explicação dos governistas, prossegue o veículo britânico, também parecem frágeis. “Uma reportagem do jornal O Globo indicou que as dosagens compradas eram geralmente usadas para tratar pênis, não pressão arterial.”

Por fim, diz o jornal, “observadores políticos classificaram a ‘farra do Viagra’ dos militares como um constrangimento para um presidente populista que frequentemente se vangloria de sua suposta virilidade, referindo-se a si mesmo como ‘imbrochável'”.

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