A primeira-dama Janja Da Silva declarou ser alvo constante de mentiras e receber mais ataques do que o presidente Lula (PT) desde que ocupa um cargo político.
“Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa”, relatou, durante sessão do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
A primeira-dama também usou seu espaço para criticar a baixa representatividade feminina no Congresso Nacional.
“Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão. […] Temos que comemorar o avanço da representatividade das mulheres no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26% dos assentos nos parlamentos”, disse, em referência ao pioneirismo da ativista feminina em prol dos direitos das mulheres.
Janja recebeu o diploma Bertha Lutz, um prêmio concedido pelo Senado a pessoas que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no país. Também foram agraciadas a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber; a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; a cientista política Ilona Szabó de Carvalho; e a jornalista Glória Maria, em homenagem póstuma.
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