IPCA-15 tem alta de 0,95% em março, a maior variação para o mês desde 2015

Entre os grupos de produtos e serviços, o mais impactado foi o de alimentação e bebidas

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA 15) teve alta de 0,95% em março, a maior variação para um mês desde 2015.

No acumulado trimestral, de janeiro a março, a taxa ficou em 2,54% acima da registrada em igual período de 2021, quando foi 2,21%. Em março do ano passado, a taxa atingiu 0,93%.

Entre os grupos de produtos e serviços, o mais impactado foi o de alimentação e bebidas, com 0,40 ponto percentual, e variação de 1,95%. O segundo foi verificado na Saúde e cuidados pessoais, cujos preços subiram 1,30%, após a queda observada em fevereiro (-0,02%). Na sequência, vieram os Transportes com alta de 0,68%.

Juntos, os três grupos representaram cerca de 75% do impacto total do IPCA-15 de março. Outros destaques foram Habitação (0,53%) e Artigos de residência (1,47%). Este último com a segunda maior variação no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Comunicação e o 0,95% de Vestuário.

A variação no grupo Alimentação e bebidas (1,95%) foi influenciada principalmente pela alta dos alimentos para consumo no domicílio (2,51%). As principais contribuições vieram da cenoura (45,65%), do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). Houve ainda altas expressivas na batata-inglesa (11,81%), no ovo de galinha (6,53%) e no leite longa vida (3,41%). Nas quedas, destaque para o frango em pedaços (-1,82%), cujos preços já haviam caído em fevereiro (-1,31%).

A alimentação fora do domicílio variou 0,52%, ante 0,45% em fevereiro. O lanche acelerou de 0,09% para 0,92%, mas a refeição seguiu movimento inverso, passando de 0,57% em fevereiro para 0,25% em março.


No grupo Habitação, os maiores impactos vieram da energia elétrica (0,37%) e do gás de botijão (1,29%), ambos com 0,02 p.p. Houve aumento de 16,06% no valor do gás vendido nas refinarias, ocorrido em 11 de março. Os Artigos de residência (1,47%) desaceleraram em relação a fevereiro (1,94%), mas seguem pressionados pelas altas de mobiliário (2,45%) e de eletrodomésticos e equipamentos (1,92%). Em 12 meses, a alta acumulada para os dois itens é de 19,88% e 19,25%, respectivamente.

 

 

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