Investigado pela CPI da Covid, o secretário da Organização dos Estados Americanos, Arhur Weintrub, minimizou o rumo das investigações pela comissão. “O crime que me atribuem é ter assessorado o presidente”, disse em entrevista ao programa Opinião no ar, da Rede Tv.
Ainda durante a entrevista Weintraub negou a existência de um ‘gabinete paralelo’ de aconselhamento a Bolsonaro, motivo pelo qual é investigado na CPI na condição de organizador do grupo.
O secretário voltou a afirmar que sua atuação era estabelecer uma ponte entre o presidente e profissionais da área da saúde, mas que não estabelecia contato direto com ministros da Saúde. Ainda sobre os medicamentos atrelados ao tratamento precoce, sem comprovação científica, Weintraub afirmou que apenas passou os resumos de alguns estudos e que começou a ser investigado ‘sem ter a possibilidade de falar’.
“O presidente chegou pra mim em março, fim de fevereiro, ele estava preocupado e falou: ‘você que é pesquisador, começa a estudar aí'”, declarou. “Eu passava pro presidente [os resumos], comecei a reunir o que estava acontecendo, que era inaceitável não haver nenhuma forma de tratamento, mas esse tratamento precoce entrou no enquadramento político e foi proibido “, completou, ressaltando que está sendo investigado “sem ter tido a possibilidade de falar”.
O depoimento de Arthur Weintraub, que se encontra morando nos EUA, à CPI da Covid foi aprovado no dia 26 de maio, mas até o momento os senadores não chegaram a um consenso sobre a melhor forma de ouvi-lo, se um grupo da comissão se deslocaria ao país, ou se ele poderia ser interrogado por autoridades americanas.
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