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Indústria chama de equivocada e desnecessária a manutenção da Selic em 13,75%

A última vez que o BC mexeu na taxa básica de juros foi em agosto de 2022, quando aumentou de 13,25% para o patamar atual

No limite. Para 76% dos brasileiros, Lula está certo ao confrontar Campos Neto, do BC, para reduzir os juros - Imagem: Raphael Ribeiro/BCB
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Minutos depois de o Banco Central manter a Selic em 13,75%, a Confederação Nacional da Indústria afirmou que considera “equivocada” a decisão da autoridade monetária e pontuou que o patamar de juros “está em nível acima do necessário para garantir a manutenção da trajetória de desaceleração da inflação nos próximos meses”.

“A Confederação acredita que a manutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica”, afirmou a entidade.

A CNI ainda atribuiu à taxa Selic o processo de desaceleração da atividade econômica no final de 2022 e defendeu que o Banco passe a discutir uma redução na próxima reunião do Conselho de Política Monetária.

“É fundamental levar em consideração que os eventos adversos relacionados a grandes empresas varejistas no Brasil terão influência negativa sofre o mercado de crédito. Esses acontecimentos têm levado ao aumento de provisões por parte dos bancos, o que reduz a oferta e tende a encarecer o crédito”, acrescentou.

A última vez que o BC mexeu na taxa básica de juros foi em agosto de 2022, quando aumentou de 13,25% para o patamar atual. No comunicado à imprensa nesta quarta-feira 22, a autoridade monetária não descartou a possibilidade de aumento na Selic.

“Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, conclui a associação.

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