Ibama nega licença à Petrobras para explorar petróleo na foz do Amazonas

A empresa planejava perfurar um poço na bacia da foz. Segundo a análise técnica, o plano não fornecia garantias sobre os impactos

Foto: Agência Petrobras

Apoie Siga-nos no

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, seguiu a área técnica do órgão e rejeitou uma licença para a Petrobras perfurar um poço de petróleo na bacia da foz do Amazonas, a cerca de 175 quilômetros da costa do Amapá.

Segundo a análise técnica, o plano da empresa não fornecia garantias para atendimento à fauna diante de eventuais acidentes com o derramamento de óleo. Impactos em três terras indígenas em Oiapoque também não foram devidamente explicados, acrescentou o Ibama.

“Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental”, escreveu Agostinho no documento.

O Observatório do Clima elogiou, em nota, a decisão tomada pelo Ibama.

“O presidente do Ibama agiu tecnicamente e de maneira correta, mas a decisão neste caso enseja um debate mais amplo sobre o papel do petróleo no futuro do País. O momento é de estabelecer um calendário para a eliminação dos combustíveis fósseis e acelerar a transição justa para os países exportadores de óleo, como o Brasil, e não de abrir uma nova fronteira de exploração”, argumenta Suely Araújo, especialista-sênior em políticas públicas da entidade e ex-presidente do Ibama.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.