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Hospitais das Forças Armadas negaram leitos de Covid-19 a estados
Documentos enviados a CPI da Covid e analisados mostram que lotação de hospitais militares era menor do que nos demais
Um documento enviado à CPI da Covid mostra que as Forças Armadas negaram o compartilhamento de leitos para o tratamento da Covid-19 com municípios solicitantes em um período de superlotação dos hospitais públicos. Os dados foram compilados pelo Ministério da Defesa e adquiridos pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira 26.
As solicitações vêm do Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e do município catarinense de Xanxerê.
Em casos detalhados pela reportagem, os hospitais não atenderam aos pedidos de compartilhamento de leito mesmo com ocupações substancialmente menores do que as dos demais locais.
Um exemplo é o caso do Amazonas, cuja Secretaria de Saúde solicitou ao Exército, no fim de 2020, leitos clínicos e de UTI nos hospitais das Forças Armadas. No dia 11 de janeiro de 2021, a resposta do Comando da 12ª Região Militar alegava 100% de ocupação dos leitos, mas um mês depois a porcentagem de lotação nos leitos clínicos não passava de 55%, afirma o jornal.
Por outro lado, o Hospital da Aeronáutica em Manaus não completou 100% de ocupação de leitos clínicos nem em janeiro, quando houve colapso da saúde na capital do estado.
Em nota, o Ministério da Defesa afirmou que os assuntos pautados na CPI da Covid “serão tratados apenas naquele fórum”.
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