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Homem preso por ameaçar ministros do STF fica em silêncio no depoimento, diz TV

Ao decretar a prisão temporária, Alexandre de Moraes considerou que as declarações de Ivan Pinto se destinam a ‘corroer as estruturas do regime democrático’

Foto: Reprodução
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Preso nesta sexta-feira 22 após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Ivan Rejane Fonte Boa Pinto permaneceu em silêncio no depoimento prestado à Polícia Federal. Questionado sobre as investigações, respondeu que “seu advogado estava no interior de Minas Gerais e não poderia acompanhá-lo durante a presente oitiva”, conforme documento obtido pela CNN Brasil.

Segundo a emissora, a PF enviou um ofício ao STF atestando que o homem foi “cientificado que, caso tenha envolvimento com os fatos criminosos investigados, tem o direito de permanecer em silêncio, de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado”.

Ivan Pinto mantém um canal no YouTube no qual se apresenta como “terapeuta” para dependentes químicos. Seus vídeos são repletos de xingamentos e palavras de baixo calão. Ele diz que sua “guerra” é “contra o tráfico de drogas”, mas seus alvos preferenciais são políticos de esquerda, a quem ele associa a existência do narcotráfico, e os ministros do Supremo, que, segundo ele, “mandam soltar esses vagabundos”.

“A minha vontade é meter uma bala na cabeça desses juízes e desembargadores, a minha vontade é tacar fogo neles”, declarou em um vídeo publicado no dia 9 de julho.

Ao autorizar a prisão temporária, Alexandre de Moraes considerou que as afirmações de Ivan Pinto nas redes sociais consistem em “discursos de ódio e incitação à violência” e se destinam a “corroer as estruturas do regime democrático e a estrutura do Estado de Direito”. Em uma publicação de 8 de julho, o “terapeuta” disparou: “Eu vou dizer uma coisa para vocês, togados vagabundos (…) Nós não vamos só invadir o STF, não. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”.

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