CartaExpressa
Hamas anuncia a libertação de mais duas reféns em Gaza
Na sexta-feira, o grupo palestino havia libertado duas reféns americanas
O grupo palestino Hamas anunciou nesta segunda-feira 23 que libertou duas mulheres sequestradas durante seu ataque em território israelense no último dia 7, que estavam retidas na Faixa de Gaza, território sob seu controle.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.
“Depois de terem sido devolvidas às forças israelenses, dirigem-se atualmente para um centro médico em Israel especialmente preparado para acolhê-las”, afirmou, em um comunicado, o gabinete de Netanyahu, que agradeceu ao Egito e à Cruz Vermelha por sua contribuição para a libertação.
“Embora me faltem palavras para expressar meu alívio por saber que estão a salvo, continuo concentrada na libertação do meu pai e das 200 pessoas inocentes, ainda retidas em Gaza”, disse, em nota, a filha de Yocheved, Sharone Lifschitz, de nacionalidade britânica.
O porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, afirmou que as duas reféns foram libertadas “por razões humanitárias urgentes”, graças à mediação do Catar e do Egito. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que facilitou a libertação das reféns.
Três dias antes, tinham sido libertadas duas americanas, Judith Raanan e sua filha, Natalie.
Imagens exibidas pela emissora egípcia mostram as duas novas libertadas em ambulâncias, assim que chegaram à passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Em um vídeo difundido pelo braço militar do Hamas, as duas mulheres aparecem acompanhadas de membros do movimento, encapuzados e armados, servindo-lhes comida e bebida antes de entregá-las ao pessoal da Cruz Vermelha.
O movimento islamista acusou Israel de ter violado “em oito ocasiões os acordos sobre a operação de libertação que haviam sido fechados com os mediadores para que a mesma ocorresse com sucesso”.
Segundo autoridades israelenses, mais de 220 cidadãos de Israel, estrangeiros e com dupla nacionalidade foram levados à força para o território palestino por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro, que desencadeou uma guerra na qual Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza para “aniquilar” o movimento islamista.
Na noite desta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu a libertação de todos os reféns do Hamas para poder discutir um cessar-fogo entre Israel e o grupo islamista.
Segundo Israel, cerca de 1.400 pessoas morreram nos ataques do Hamas, a maioria civis e no primeiro dia. O movimento palestino estima em mais de 5.000 os mortos nos bombardeios a Gaza.
Relacionadas
CartaExpressa
Assembleia da ONU aprova resolução que poderá tornar a Palestina um Estado-membro
Por André LucenaCartaExpressa
Petrobras anuncia redução dos preços do gás natural; queda pode chegar a 10%
Por CartaCapitalCartaExpressa
A bronca de Lula em prefeito na Bahia por ausência em inauguração de hospital
Por CartaCapitalCartaExpressa
Comandante do Exército defende auxílio financeiro para militares afetados por chuvas no RS
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.