CartaExpressa
Gusttavo Lima deve ficar com R$ 600 mil de cachê por show cancelado em Minas
O contrato para a apresentação prevê que uma suspensão ou rescisão gera ‘multa de 50% do valor da nota fiscal faturada’, informa jornal


A empresa do cantor Gusttavo Lima deve ficar com 600 mil reais do cachê por um show cancelado em Conceição do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais.
Uma das cláusulas do contrato para a apresentação na 32ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matozinhos prevê que uma suspensão ou rescisão gera “multa de 50% do valor da nota fiscal faturada”. O valor total pelo show chegaria a 1,2 milhão de reais. Os detalhes sobre o vínculo foram revelados neste domingo 29 pela Folha de S.Paulo.
Na semana passada, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou um procedimento para averiguar se há suspeitas na contratação de Gusttavo Lima pela Prefeitura de Conceição do Mato Dentro.
De acordo com o MP-MG, foi instaurada uma “notícia de fato” para “verificar se há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação”.
A iniciativa foi tomada após o órgão receber uma representação que questionava a regularidade da utilização de dinheiro público para pagamento desse tipo de despesa.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.