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Guedes de olho nas ações enquanto discursa em conferência do G-20
Ministro participou da primeira reunião de ministros de Finanças e governadores de Bancos Centrais do G20 em 2022
O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursou virtualmente nesta quinta-feira 17 na primeira reunião de ministros de Finanças e governadores de Bancos Centrais do G20 em 2022, sob a presidência da Indonésia, e afirmou que que a democracia brasileira é barulhenta.
“A democracia do Brasil é barulhenta, todos nós podemos concordar com isso, mas esse governo alcançou resultados que, dada a pandemia global, são nada menos do que uma revolução silenciosa”, disse o ministro, em vídeo, durante a sessão sobre Economia Global e Saúde.
O titular da pasta ainda reforçou que o País implementou um amplo programa de vacinação e que manteve o foco em sustentabilidade fiscal e reformas.
“Enquanto lidamos com o vírus, mantivemos nosso foco na sustentabilidade fiscal e nas reformas estruturais necessárias para uma recuperação econômica. Nosso objetivo é transformar o Brasil em uma economia de mercado aberta, sustentável e inclusiva de consumo massivo”, declarou.
No entanto, o que chamou atenção na participação de Guedes foi o ministro estar em um local com terminal Bloomberg (software usado para monitorar o mercado financeiro e para comprar e vender ações).
No ano passado, reportagens sobre o Pandora Papers revelou que o ministro abriu, em 25 de setembro de 2014, a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Nos meses seguintes, a empresa recebeu o aporte de 9,55 milhões de dólares (23 milhões de reais à época, 51 milhões de reais no câmbio atual).
Guedes manteve a offshore aberta mesmo após a entrada no governo Bolsonaro, em janeiro de 2019, em um cargo que lhe confere autonomia para propor e influenciar mudanças capazes de impactar suas aplicações fora do País. Ele diz ter informado a CEP sobre seus investimentos em contas no exterior dentro do prazo legal de dez dias.
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