CartaExpressa
Grupo que ‘clonava’ WhatsApp de ministros de Lula é alvo de operação policial
Agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão em Recife e João Pessoa
A Polícia Civil do Distrito Federal cumpre, nesta terça-feira 7, oito mandados de busca e apreensão contra pessoas que são suspeitas de aplicarem golpes por meio de uma espécie de clonagem de perfis de ministros do governo Lula (PT) no aplicativo de mensagens WhatsApp. A operação, denominada “Alto Escalão”, ocorre nas cidades de Recife (PE) e João Pessoa (PB).
De acordo com os investigadores, o grupo se passava por seis ministros do governo, utilizando imagens, nomes e informações disponíveis em fontes abertas. Até o momento, a polícia identificou o uso das informações dos seguintes ministros:
- Camilo Santana (Educação);
- Carlos Lupi (Previdência Social);
- Juscelino Filho (Comunicações);
- Luiz Marinho (Trabalho);
- Renan Filho (Transportes);
- Rui Costa (Casa Civil).
Na investigação sobre o caso, que durou seis meses, os agentes identificaram que os supostos criminosos atuavam entrando em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados, passando demandas por situações específicas. Exemplo disso seria o pedido de transações financeiras.
Segundo os investigadores, chamou a atenção o fato de que o grupo tinha conhecimento da agenda das autoridades públicas pelas quais se passavam. Os crimes atribuídos ao grupo, até aqui, são associação criminosa e fraude eletrônica.
Ainda não há dados divulgados sobre o número de vítimas ou se algum valor foi, de fato, transferido aos criminosos.
Até o momento, o governo federal ainda não se pronunciou sobre o caso. Os ministros citados também não se manifestaram sobre a operação deflagrada hoje.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.