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Gritos de Eduardo Braga ‘não me amedrontam’, diz Flávia Arruda

O senador teria ofendido a ministra usando expressões machistas durante um telefonema, na semana passada

Apesar de registros, a deputada Flavia Arruda (PL-DF) não admitiu ter indicado emendas do orçamento secreto. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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A ministra da Secretaria do Governo, Flávia Arruda, se manifestou contra as ofensas que recebeu na última quinta-feira 9, do senador do MDB, Eduardo Braga. 

“Gritos não me amedrontam. O episódio, infelizmente, demonstra que o machismo atrasado ainda resiste às mulheres que assumem posições relevantes na política brasileira”, disse Flávia ao jornal O Globo.

As ofensas teriam sido proferidas durante um telefonema na semana passada em que o senador cobrava o recebimento de emendas prometidas pelo Planalto. 

O parlamentar teria gritado e usado expressões machistas contra a ministra, que chorando, passou o telefone ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira para tentar acalmar Braga. 

O ocorrido gerou uma nota de repúdio da bancada feminina na Câmara, divulgado nesta segunda-feira 13, prestando apoio à ministra e condenando as declarações desrespeitosas do senador. 

“O caso (…) demonstra que mulheres de todas as classes e condições sociais estão sujeitas à violência de gênero, seja doméstica, física, psicológica ou política”, diz o texto.

“Por essa razão, a Secretaria da Mulher, representando a bancada feminina da Câmara dos Deputados, lamenta a postura do referido parlamentar que em flagrante quebra de decoro, e de forma vil, usou palavras inapropriadas para com uma autoridade do mais alto escalão do Poder Executivo”, continua a nota.

A assessoria do senador lamentou o incidente e afirmou que o parlamentar não teve a intenção de ofender Flávia Arruda. 

Segundo ele, não houve desrespeito, e sim uma “defesa enfática e firma dos interesses” do estado do Amazonas representado pelo senador. 

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