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Governo Tarcísio define o modelo de privatização da Sabesp
O objetivo, segundo o bolsonarista, é ‘oferecer uma maior concentração de capital para atrair investidores de referência’
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avalizou nesta segunda-feira 31 o modelo de privatização da Sabesp, a empresa de saneamento básico do estado. Trata-se do follow-on, baseado em uma oferta adicional de ações.
Por esse formato, haveria uma oferta pública primária e uma secundária de ações. A companhia teria acionistas de referência, que manteriam uma participação entre 15 e 20%.
O objetivo, segundo o bolsonarista, é “oferecer uma maior concentração de capital para atrair investidores de referência”. Ele ainda alega que haverá uma execução de 66 bilhões de reais em investimentos até 2029.
Segundo Tarcísio, o estado será um acionista minoritário da Sabesp após a privatização. O percentual, porém, ainda não foi definido.
Atualmente, o governo de São Paulo é o maior acionista da companhia, com 50,3% do capital. Com 50 anos de história, a Sabesp está presente em 375 municípios paulistas e é a segunda maior companhia de saneamento da América Latina.
“A empresa fecha no azul todos os anos e o governo beneficia-se dos dividendos distribuídos. Não faz o menor sentido a alegação de que a Sabesp está perdendo valor de mercado”, disse a CartaCapital em fevereiro José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo.
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