CartaExpressa

Governo negou 3 vezes ofertas da Pfizer e perdeu 3 milhões de vacina

Segundo jornal, farmacêutica fez a primeira proposta ao Brasil no dia 14 de agosto de 2020

Governo negou 3 vezes ofertas da Pfizer e perdeu 3 milhões de vacina
Governo negou 3 vezes ofertas da Pfizer e perdeu 3 milhões de vacina
JAIR BOLSONARO E EDUARDO PAZUELLO. FOTO: EVARISTO SÁ/AFP
Apoie Siga-nos no

Três ofertas da farmacêutica Pfizer foram rejeitadas pelo governo brasileiro no ano passado. Sendo assim, o País deixou de obter ao menos 3 milhões de doses em meio à escassez de vacinas contra a Covid-19. Duas das propostas feitas antes previam vacinas já em dezembro, quando o imunizante passou a ser aplicado em países como Reino Unido e Estados Unidos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Ainda de acordo com a publicação, a farmacêutica fez a primeira oferta ao Brasil no dia 14 de agosto de 2020. A proposta previa 500 mil doses ainda em dezembro de 2020, totalizando 70 milhões até junho deste ano. A Pfizer teria aumentado a oferta inicial quatro dias depois, elevando para 1,5 milhão o número de doses ainda em 2020, com possibilidade de mais 1,5 milhão até fevereiro de 2021 e o restante nos meses seguintes.

Uma nova proposta foi apresentada em 11 de novembro. Com o passar do tempo, governos de outros países foram tomando o lugar do Brasil, e as primeiras doses ficariam para janeiro e fevereiro.

Em 15 de fevereiro, a Pfizer fez nova oferta ao governo, a que está em vigor, de 100 milhões de doses, 30 milhões a mais que a primeira oferta, mas com início apenas em junho —prazo que o ministério agora tenta adiantar para maio.

A situação só mudou em 7 de janeiro, quando a pasta, enfim, anunciou ter fechado contrato poucos dias antes de o instituto entrar com pedido de uso emergencial da vacina na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo