O presidente Jair Bolsonaro cometeu um ato falho nesta quinta-feira 2 ao comentar o papel do governo federal na aquisição de vacinas contra a Covid-19. Ele também voltou a mentir sobre os imunizantes, ao afirmar que eles seriam “experimentais”, e a atacar os defensores do chamado passaporte da vacina.
“Não façamos da vacina um cavalo de batalha para objetivar fins políticos lá na frente. O governo federal não deixou de poupar esforços para que todos aqueles que voluntariamente quisessem se vacinar o fizessem”, disse o ex-capitão durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
Ele também pediu que “a questão do vírus” seja enfrentada com “responsabilidade” e voltou a militar contra a adoção de medidas que restringem a circulação. “Não suportaremos mais um lockdown“, argumentou, ignorando o fato de que o Brasil, salvo raros exemplos em municípios, não recorreu ao confinamento nem nos mais dramáticos momentos da pandemia.
Bolsonaro, mais uma vez, mentiu ao se referir às vacinas, classificadas por ele como “experimentais”. Ao contrário do que ele alegou, porém, todo e qualquer imunizante aplicado no Brasil passou por testes e recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária após comprovação de sua eficácia e de sua segurança.
Ao atacar a possibilidade de o País adotar a exigência de comprovante de vacinação, o presidente afirmou que a medida “extrapola” o combate à pandemia e que “a liberdade de se vacinar é de cada cidadão brasileiro, no que depender do governo federal”.
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