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Governo identifica 76 mil casos de apologia a crimes contra a vida na internet em cinco anos

O Ministério dos Direitos Humanos divulgou lista com os crimes de ódio mais observados entre 2017 e 2022

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania identificou 76,1 mil casos de apologia a crimes contra a vida na internet no período de 2017 a 2022. De acordo com a pasta, foi o crime de ódio mais observado durante esses cinco anos.

Na sequência, aparece a misoginia, com 74,3 mil registros. Além de ser o 2º crime de ódio mais identificado, a misoginia também é o crime de ódio que mais cresceu, passando de 961 denúncias em 2017 para 28,6 mil em 2022, um aumento de 30 vezes.

Também foram registradas 45,6 mil denúncias de racismo, 32,6 mil casos de neonazismo, 28,3 mil de LGBTfobia, 25,9 mil ocorrências de xenofobia e 10,2 mil de intolerância religiosa, segundo o Ministério.

Em nota, a pasta informou que os dados corroboram com o debate sobre o Projeto de Lei 2.630/2020, conhecido como o PL das Fake News, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, já cobrou publicamente a instauração de uma regulação das redes sociais, após uma jovem ter cometido suicídio diante da propagação de mentiras nas redes sociais.

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