Governo dos EUA afirma discordar de Lula e nega haver genocídio em Gaza

A manifestação norte-americana ocorre antes do encontro entre o petista e o secretário de Estado Antony Blinken

O presidente Lula e m viagem à Etiópia, em 17 de fevereiro de 2024. Foto: Ricardo Stuckert/Presidência do Brasil/AFP

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Os Estados Unidos informaram, nesta terça-feira 20, discordar do presidente Lula (PT) por comparar indiretamente os ataques de Israel contra Gaza ao Holocausto.

A manifestação do governo norte-americano ocorre antes do encontro entre Lula e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, na quarta 21.

“Obviamente, nós discordamos destes comentários. Temos sido muito claros em que não acreditamos que o que tem ocorrido em Gaza seja genocídio”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

No domingo 18, durante passagem por Adis Adeba, na Etiópia, Lula afirmou: “É importante lembrar que em 2010 o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

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3 comentários

José Adolfo de Souza Bastos 20 de fevereiro de 2024 23h15
Hummmm. E nem o que houve em Hiroxoma foi genocídio. Hummmm e nem a tortura ampla e generalizada que foi implantada na América do Sul foi genocídio. Coerente que os genocidas protejam uns aos outros.
Padre breno lima 21 de fevereiro de 2024 18h39
José, ou zezinho, vc tem que aprender muito sobre genocídio, vai estudar mais. Israel foi atacada primeiramente pelo grupo terrorista hamas, foram eles, o hamas, que começaram a guerra. Israel está apenas em retaliação!!! VIVA ISRAEL!!!
LIEGE COPSTEIN 22 de fevereiro de 2024 11h39
Não, o que houve em Hiroxima não foi genocídio. Nem todo assassinato em massa de civis com uma etnia predominante é genocídio. Genocídio é uma ação coordenada e espontânea com o objetivo único de exterminar uma etnia, que geralmente acontece fora de um contexto oficializado de guerra, e não necessariamente envolve dois países em conflito. Aliás, costuma acontecer dentro de um mesmo país, como o governo iraquiano fez com os curdos, como os nazistas fizeram com os judeus. Deve-se respeitar o sentido das palavras, do contrário elas perdem sua função de comunicar conceitos. Lula poderia ter condenado o massacre de palestinos sem demonstrar ignorância e ofender um povo inteiro.

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