A falta de conhecimento em inglês de integrantes do Ministério da Saúde atrasou em cerca de seis meses a entrada do Brasil no consórcio de vacinas Covax Facility.
A justificativa foi dada pelo próprio governo federal em documentos oficiais encaminhados à CPI da Covid no Senado, segundo mostrou o jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira 14.
Nos documentos que estão em posse da comissão, o governo diz que os contratos escritos em inglês dificultaram a análise dos consultores jurídicos do Ministério da Saúde, pois eles não tinham “conhecimento suficiente de tal língua estrangeira a ponto de emitir manifestação conclusiva.”
A documentação foi encaminhada ao Brasil em 24 de setembro de 2020 e precisaria ser analisada em 24 horas. O curto espaço de tempo também foi uma das justificativas dadas pelo governo federal para que a adesão só ocorresse em março deste ano.
No parecer emitido ainda em setembro, a consultoria jurídica da pasta concluiu que havia riscos na adesão, mas que ela já estaria autorizada pelas Medidas Provisórias editadas pelo presidente Jair Bolsonaro dias antes.
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