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Governo deve cobrar os partidos que ocupam ministérios para garantir base no Congresso, diz Boulos

Em entrevista a CartaCapital, o deputado avaliou que a agenda econômica será um teste de fogo para a a gestão Lula

O deputado federal Guilherme Boulos. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou, em entrevista ao canal de CartaCapital nesta sexta-feira 10, não acreditar que a base de apoio do presidente Lula (PT) no Congresso Nacional seja “inconsistente”, como alegou nesta semana o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Se somarmos os partidos que compõem oficialmente o governo, tanto os que ajudaram a eleger o Lula no campo da esquerda e da centro-esquerda, quanto os que vieram no segundo turno e depois, existe maioria”, argumenta Boulos. “Não existe maioria suficiente para aprovar uma emenda constitucional, porque ela precisa de votação qualificada, mas existem 257 votos na Câmara para aprovar um projeto de lei, para aprovar uma medida provisória.”

Na avaliação do deputado do PSOL, o apoio necessário para o governo avançar com sua agenda econômica depende de partidos já contemplados pela composição ministerial.

“É uma questão também de cobrança de responsabilidade de partidos como o MDB, o PSB, o União Brasil, que têm ministérios, ou seja, compõem o governo, estão governando juntos. Têm de ter a responsabilidade de compromisso com os projetos do governo.”

Como mostrou CartaCapital, apesar dos ministérios, partidos ainda aguardam postos do segundo e do terceiro escalões para assegurar o apoio a Lula no Parlamento.  

Os testes de fogo dessa base, na visão de Boulos, serão as votações sobre as mudanças no Carf – propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad -, o novo arcabouço fiscal e a Reforma Tributária, que o governo espera aprovar ainda neste semestre

“Acredito que esses três temas, além das demais MPs que o governo já editou e devem tramitar na Câmara em breve, vão ser os momentos para poder passar a limpo se existe uma base de maioria na Câmara para os projetos essenciais do governo ou não”, completou Boulos.

Confira a íntegra da entrevista: 

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