Governistas descumprem decisão Judicial e atacam Paulo Freire em suas redes

Em decisão liminar, Justiça Federal do Rio proibiu o governo federal de atentar contra a dignidade do educador e filósofo brasileiro

(FOTO: Instituto Francisco Brennand (IOCFB), Instituto Paulo Freire e Eduardo Maia/Acervo de Ana Maria Araújo Freire)

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Membros do governo Bolsonaro desacataram a decisão da justiça Federal do Rio de Janeiro, que determinou que a União não poderia atentar contra a dignidade de Paulo Freire, e foram às redes sociais atacar o educador que completaria 100 anos, se estivesse vivo.

Em decisão liminar do dia 17 de setembro, a juíza Geraldine Vital determinou que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”. A decisão da magistrada atendeu a um pedido do Movimento Nacional de Direitos Humanos. A decisão é passível de recurso pela Advocacia Geral da União.

Neste domingo 19, dia do centenário do educador e filósofo pernambucano, o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, escreveu em suas redes ser a favor da ‘proibição da aplicação do método Paulo Freire’, ao criticar a decisão judicial que protege a memória do educador.

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro também criticou Freire ao insinuar que os defensores de seu pensamento seriam como ETs.

Em algumas publicações, o Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, criticou o educador dizendo ser Freire o ‘responsável por um verdadeiro holocausto educacional’. Em uma entrevista concedida à portal Gazeta Brasil, o secretário disse que Paulo Freire ‘deixou gerações de militantes analfabetos’.

 

 

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