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Governadores planejam um ‘pacto nacional’ para barrar o avanço da Covid

O grupo articula medidas restritivas em conjunto e compra de vacinas

O presidente Jair Bolsonaro, durante videoconferência com governadores. Foto: Marcos Corrêa/PR
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Um grupo de governadores articula fazer uma espécie de ‘pacto nacional’ para frear a pandemia do novo coronavírus no País. Em entrevista no domingo 7 à Globonews, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que comanda o fórum dos gestores estaduais, disse que a ideia é  que os estados possam atuar juntos na compra de vacinas e na implementação de medidas restritivas.

“Não adianta o meu estado fazer e outro não fazer. Isso é o que chamei de ‘enxugar gelo’, ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente. É claro que o ideal é como fazem outros países, o poder central estar fazendo isso. Os Estados Unidos não faziam na época do Trump, mas estão fazendo agora com o Joe Biden”, citou Dias.

Nesta segunda 8, os governadores devem se reunir no Rio de Janeiro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fiocruz para discutir as estratégias de enfrentamento ao vírus e a necessidade de maior agilidade na vacinação.

O grupo, de acordo com Dias, deve pedir a laboratórios e organizações internacionais que o Brasil receba prioridade no envio de vacinas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já apontou a gravidade da situação do País.

“É importante a gente acelerar aqui com a Anvisa. A gente não pode ter uma operação de guerra, e a Anvisa com exigências que são próprias de um [período de] normalidade. A Sputnik tem vacina, pode oferecer. Tem a União Química, que produz no Brasil. É o Brasil com seus laboratórios, com cientistas brasileiros – Fiocruz, Butantan e União Química – que vai produzir a maior quantidade, especialmente nessa fase de maior disputa mundial”, afirmou Wellington Dias.

Até o momento, apenas esses governadores não aderiram ao pacto:

  • governador do Acre, Gladson Cameli (PP);
  • governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB);
  • governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL);
  • governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL);
  • governador de Tocantins, Mauro Carlesse (DEM).

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