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Governador do DF, Ibaneis Rocha diz que ‘tirou soneca’ durante atos golpistas do 8 de Janeiro

Em troca de mensagens com empresário revelada pela revista Veja, governador apontou que havia sido informado que o ato seria pacífico; ele chegou a ser afastado por omissão após atos golpistas

Governador do DF, Ibaneis Rocha diz que ‘tirou soneca’ durante atos golpistas do 8 de Janeiro
Governador do DF, Ibaneis Rocha diz que ‘tirou soneca’ durante atos golpistas do 8 de Janeiro
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) disse, em mensagens, que tirou uma “soneca” durante os atos golpistas do 8 de Janeiro. 

A informação é da revista Veja, que teve acesso à troca de mensagens em que o governador comenta a atitude de descaso com os atos, após ser informado de que a manifestação seria pacífica. 

A informação inusitada consta de uma mensagem enviada ao empresário Luiz Estevão. A conversa integra um relatório da Polícia Federal. 

O governador afirmou que a “soneca” teria acontecido após receber um áudio do delegado Fernando de Souza Oliveira, então secretário-executivo de Segurança do DF, relatando que “não havia nenhum informe de questão de agressividade”. A comunicação aconteceu às 14h23 do domingo. 

Após as invasões e depredações, Ibaneis afirmou ao empresário que havia sido informado que os bolsonaristas planejavam um ato pacífico. 

Em resposta, o empresário tentou eximir de responsabilidade o governador. 

“Fica claro que, se houve falhas no dia de hoje, a responsabilidade não é do governador. O áudio é tão tranquilizador que, depois de ouvi-lo, dá para tirar uma soneca”.

“Foi o que fiz”, respondeu o governador. 

Na conversa, Ibaneis ainda critica a atuação do governo recém-eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Eles agora se colocam como vítima como se não tivessem nenhuma responsabilidade”, disse. 

Horas após as invasões, Ibaneis Rocha foi afastado temporariamente do cargo de governador do DF por meio de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 

Em 15 de março, o ministro determinou a suspensão do afastamento do emedebista, que retornou ao cargo. 

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