CartaExpressa
Google diz que baniu de sua loja de aplicativos a desenvolvedora do Simulador da Escravidão
No jogo, era possível comprar escravos, praticar castigos físicos, enriquecer com o trabalho deles e evitar rebeliões e fugas
O Google anunciou na noite do sábado 27 que baniu da sua loja de aplicativos a desenvolvedora Magnus Games, responsável pelo jogo Simulador da Escravidão. As informações são da colunista Monica Bergamo.
No jogo, era possível comprar escravos, praticar castigos físicos, enriquecer com o trabalho deles e evitar rebeliões e fugas. Segundo a assessoria do Google, o banimento da desenvolvedora aconteceu na quinta-feira 25.
Em nota, a empresa afirma ter um “conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores”.
“Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas”, informou a plataforma.
“Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas. E, em casos graves, podemos tomar medidas mais rígidas, incluindo proibir o desenvolvedor de publicar novos aplicativos no Google Play”, acrescentou.
Lançado no dia 20 de abril, o jogo contava com mais de mil downloads, além de diversas avaliações positivas. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público de São Paulo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
MPF e MP de São Paulo investigarão o ‘Simulador de Escravidão’
Por CartaCapital
Braga Netto, Augusto Heleno, Mauro Cid: os militares na mira da CPMI do 8 de janeiro
Por CartaCapital
Em menos de 48 horas, CPMI do 8 de janeiro recebe 48 pedidos de quebra de sigilo
Por CartaCapital
PGR arquiva pedido de investigação contra o ministro Paulo Pimenta
Por CartaCapital


