Gleisi ironiza Tarcísio após político prometer indulto a Bolsonaro em 2027: ‘Fantoche’

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, foi às redes ironizar a ‘promessa’ de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, de conceder indulto a Jair Bolsonaro (PL) em 2027, caso seja eleito presidente da República. O político disse, no domingo 31, que assinaria o perdão ao ex-capitão como primeiro ato em um eventual governo.

“Ao anunciar que seu primeiro ato se fosse presidente seria indultar Bolsonaro, Tarcísio confirma que seu chefe é culpado e que eles não respeitam o estado de direito nem a Justiça”, iniciou a ministra na publicação.

Na mensagem, Gleisi passa, então, a comparar os primeiros atos do atual governo com o prometido pelo governador da direita.

“No primeiro dia, Lula recriou e fortaleceu o Bolsa Família, restabeleceu as políticas de proteção ao meio ambiente e revogou os decretos de Bolsonaro que liberavam a venda de armas de fogo, a mineração em áreas protegidas e a segregação de crianças com deficiência nas escolas”, listou. “É a diferença entre um presidente que pensa no povo e no país e um candidato fantoche que só pensa em servir aos interesses de seu chefe”, ironizou Gleisi ao final do post.

No domingo, Tarcísio havia dito que, assim que tomasse posse no mais alto cargo do País, em 2027, anistiaria Bolsonaro pela trama golpista. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio em entrevista ao jornal Diário do Grande ABC. O ex-presidente, convém registrar, ainda não foi condenado no caso. O julgamento começa nesta terça-feira 2.

Na mesma conversa, porém, o governador de SP tornou a negar ser candidato ao Planalto, apesar da promessa ao ex-capitão. Ele, vale mencionar, é constantemente citado como o principal nome para substituir o inelegível Bolsonaro nas urnas em 2026. Na pesquisa mais recente sobre o pleito, do instituto AtlasIntel, marca 31,8% das intenções de voto no primeiro turno, atrás de Lula (PT), que tem 44,1%. Em uma projeção de segundo turno, contudo, há empate técnico, com o governador numericamente à frente: 48,4% a 46,6%.