CartaExpressa
Gilmar reforça críticas e diz que modus operandi da Lava Jato era ‘coisa de pervertidos’
‘Claramente, se tratava de prática de tortura’, afirmou o magistrado em sessão do STF nesta terça-feira 9
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a fazer duras críticas à Lava Jato nesta terça-feira 9, durante sessão da 2ª Turma da Corte. Na véspera, em entrevista à TV Cultura, ele já havia ligado o modus operandi da operação à ascensão da extrema-direita no País.
“Com o que se fez nessa chamada República de Curitiba com a Lava Jato temos de fazer um escrutínio muito severo. Trata-se de algo extremamente grave. Tem de se perguntar que erros se está cometendo para admitir gente tão desqualificada”, afirmou o magistrado.
Gilmar declarou que “as pessoas só eram soltas depois de confessarem e fazerem acordo”, o que definiu como “uma vergonha”.
“Não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos. Claramente, se tratava de prática de tortura. Usando o poder de Estado. É disso que se trata. Vamos chamar as coisas pelos nomes.”
Aliados desde o início da operação, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) e o deputado e ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) reagiram a Gilmar após a entrevista à Cultura.
“Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”, escreveu Moro. Dallagnol, por sua vez, anotou: “Enquanto procura falhas na Lava Jato, o ministro tenta coar agulhas, mas engole camelos, votando sistematicamente em favor da absolvição e anulação de sentenças de corruptos, contra os votos técnicos de ministros como Edson Fachin”.
Relacionadas
CartaExpressa
Após 11 meses, Moraes devolve redes sociais do senador Marcos do Val
Por CartaCapitalCartaExpressa
Dez condenados e suspeitos pelo 8 de Janeiro quebraram tornozeleiras e fugiram do País, diz site
Por Carta CapitalCartaExpressa
Moraes concede liberdade provisória a coronel da PM do DF preso por omissão no 8 de Janeiro
Por CartaCapitalCartaExpressa
PSOL pede à PGR que investigue sete deputados acusados de fake news sobre o RS
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.