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Gilmar Mendes associa assassinato de congolês à atuação de milícias: ‘Poder do estado paralelo’

Em outra manifestação sobre o caso, o ministro também disse que o episódio traz alertas para o risco da intolerância, racismo e xenofobia no País

O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF O ministro Gilmar Mendes, em sessão no Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes associou o assassinato do jovem congolês Moïse Kabagambe à atuação de grupos de milícia no estado, que deflagram uma crise na segurança pública do Rio de Janeiro.

“A ocupação irregular de áreas estratégicas por grupos de milícias está por trás da crise da segurança pública. O MPRJ e o MPF precisam avançar nessa área. O caso Moïse traça suas raízes no poder do Estado paralelo e na invisibilidade do controle armado”, escreveu o magistrado em suas redes sociais no domingo 6.

Em outra manifestação anterior sobre o caso, Mendes também disse que o episódio traz alertas para o risco da intolerância, racismo e xenofobia no País, além de reflexões sobre as políticas de integração dos imigrantes.

“As imagens do crime brutal cometido contra o congolês Moïse Kabagambe alertam para os riscos da intolerância, do racismo e da xenofobia no Brasil. As lamentáveis cenas de ódio e barbárie precisam gerar uma reflexão mais ampla sobre as políticas de integração dos imigrantes”.

Moïse foi espancado até a morte no fim de janeiro por homens que recorreram a socos, chutes e golpes com pedaço de pau. Segundo o inquérito conduzido pela Delegacia de Homicídios da Capital, o corpo de Moïse foi encontrado amarrado próximo ao Tropicália.

O congolês se dirigiu ao quiosque para cobrar o pagamento de dois dias de trabalho em atraso. O espancamento durou cerca de 15 minutos.

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