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Gilmar manda recado direto a Bolsonaro: ‘Disseminar notícias falsas configura crime’

O presidente voltou a divulgar fake news sobre o ministro Luis Roberto Barroso, do STF

O ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, defendeu nesta segunda-feira 12 o colega de Corte Luis Roberto Barroso, alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias.

No sábado 10, Bolsonaro disse, sem apresentar provas, que Barroso defenderia a pedofilia. “Ministro esse que defende a redução da maioridade para estupro de vulnerável, ou seja, a pedofilia é o que ele defende. Ministro que defende a legalidade das drogas. Com essas bandeiras todas, ele não devia estar no Supremo. Devia estar no Parlamento. Lá é o local de cada um defender a sua bandeira“, afirmou o presidente durante motociata em Porto Alegre (RS).

O próprio STF desmentiu Bolsonaro, ainda no sábado à noite. Em nota, o tribunal esclareceu que, no caso que o presidente usou “para acusar Luís Roberto Barroso de defender a redução de maioridade para estupro de vulnerável – o que para ele beiraria a defesa da pedofilia –, o ministro do Supremo Tribunal Federal fez exatamente o oposto: votou pela continuidade da ação penal contra um jovem de 18 anos que manteve relações com uma menina de 13”.

Pelas redes sociais, Gilmar Mendes reforçou nesta segunda a resposta do STF e mandou um recado a Bolsonaro. “Disseminar notícias falsas é corrosivo para a democracia e configura crime. Não existe juiz da Corte Constitucional brasileira favorável à pedofilia, à tortura ou a qualquer forma de violência. A mentira jamais vai conseguir impedir a defesa da Constituição”, escreveu.

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