O general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, foi exonerado nesta terça-feira 21 do cargo de assessor especial do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.
A demissão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça e é assinada por Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil. De acordo com o site UOL, a iniciativa de deixar o posto no governo de Jair Bolsonaro se deu a pedido do próprio militar para cuidar da saúde. Ele sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) em estágio avançado.
Villas Bôas ocupava o cargo de assessor especial do GSI desde janeiro de 2019, quando deixou o comando do Exército pelas mesmas questões relacionadas à doença. Sua passagem pelo comando da Força ficou marcada pela publicação de mensagens ameaçadoras direcionadas ao Supremo Tribunal Federal durante julgamentos de ações contra o ex-presidente Lula.
Mais recentemente, também pelas redes sociais, o militar publicou uma espécie de ameaça a Emmanuel Macron, presidente da França, por uma suposta ofensiva europeia na Amazônia.
Villas Bôas, que deixou o cargo nesta terça, é considerado um aliado de primeira ordem de Bolsonaro. Ainda em 2019, o ex-capitão, ao tratar do papel dos militares na sua eleição, afirmou que o general teve papel decisivo e ‘foi um dos responsáveis’ diretos pela sua chegada ao poder. Nas declarações, Bolsonaro revelou que uma conversa entre ele e Villas Bôas entre os dois turnos daquele pleito teria sido decisiva para o resultado final daquela disputa. O ex-capitão, no entanto, se negou a fornecer detalhes da conversa. “O que já conversamos fica entre nós”, disse Bolsonaro na época.
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