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General Heleno passa por exames após prisão e diz sofrer de Alzheimer desde 2018

O militar é um dos condenados pela tentativa de golpe de Estado. Ele ocupou, no governo Bolsonaro (2019-2022), a chefia do Gabinete de Segurança Institucional

General Heleno passa por exames após prisão e diz sofrer de Alzheimer desde 2018
General Heleno passa por exames após prisão e diz sofrer de Alzheimer desde 2018
General Augusto Heleno (Foto: Carolina Antunes/PR)
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O general da reserva Augusto Heleno relatou ao Comando Militar do Planalto, durante exame médico após a prisão, que convive com Alzheimer desde 2018. Na tarde de terça-feira 25, ele foi transferido para o presídio após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinar o trânsito em julgado na ação penal da tentativa de golpe de Estado.

O objetivo do exame é avaliar o estado de saúde e a integridade física do militar preso, documentando doenças e sinais de lesões corporais. À médica responsável pelo atendimento, Heleno disse que o Alzheimer está em evolução desde 2018. Ele relatou perda de memória significativa, prisão de ventre e hipertensão.

Além disso, o general informou a realização de uma cirurgia na coluna em 2008, cirurgia em ombro direito, denervação em coluna em 2020 e implante de pino em braço direito após fratura. O general informou também que realiza tratamento com remédios para o seu quadro de saúde.

Ao final do exame, a médica concluiu que Heleno encontra-se em boas condições, sem lesões e com os sinais vitais regulares. Ela disse também que o general foi prestativo durante a realização dos procedimentos.

Heleno, que ocupou o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado. Ele cumprirá a sentença em uma cela especial montada no Comando Militar do Planalto, em Brasília. O local também abrigará Paulo Sérgio Nogueira, outro general condenado a 19 anos de prisão pela trama golpista.

No caso de Heleno, o Supremo entendeu que ele utilizou a estrutura do GSI para propagar informações falsas sobre as urnas eletrônicas, na tentativa de contribuir para a execução do planejamento do golpe, que envolvia o assassinato de autoridades.

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