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Gasolina pode ficar mais barata e Petrobras já segue um ‘preço de mercado brasileiro’, diz Prates
O presidente da estatal afirmou não aceitar ‘dogma do PPI’, em referência à política de preços em vigor


O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta quinta-feira 23 que a estatal pode reduzir o preço da gasolina e já pratica o “preço de mercado brasileiro”. Na quarta 22, a empresa cortou de 4,02 para 3,84 reais o litro de diesel para as distribuidoras.
“Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. É mercado nacional, que é composto de produto aqui e produto importado. É preço de mercado brasileiro”, declarou. “Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para vender para o nosso cliente, o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso.”
Questionado se a queda na gasolina ocorreria ainda em março, respondeu: “Vamos ver. Temos uma equipe que trabalha nisso. Então, não posso anunciar, senão já estaria anunciando agora uma redução”. Prates participou, nesta manhã, de um evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas.
Ante uma pergunta sobre a possibilidade de o Brasil ter abandonado a política de preços que segue a cotação internacional do petróleo e a variação do dólar, o presidente da Petrobras disse não aceitar “dogma do PPI”.
“Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional e com preços de mercado de acordo com nossos clientes. Cliente bom você dá desconto. Cliente que paga bem, você dá desconto. É uma política de empresa”, prosseguiu. “Temos que acabar com o dogma. Se o concorrente é importador, ele pratica preço de importador. Eu pratico preço de quem faz diesel e gasolina aqui.”
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