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Anthony Garotinho não concorrerá ao governo do Rio de Janeiro
Horas antes do anúncio, o STF rejeitou uma ação movida pelo ex-governador, o que, na prática, mantém a sua inelegibilidade


O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, do União Brasil, anunciou nesta terça-feira 19 que não concorrerá ao governo fluminense neste ano. A decisão, segundo sua assessoria de imprensa, partiu da legenda comandada por Luciano Bivar.
Horas antes, o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski rejeitou uma ação movida por Garotinho, o que, na prática, mantém a inelegibilidade do político. Ele havia pedido a extensão dos efeitos de uma decisão que anulou uma condenação imposta pela Justiça Eleitoral a Thiago Cerqueira Ferrugem Nascimento Alves, ex-vereador de Campos dos Goytacazes (RJ) que foi alvo da Operação Chequinho, assim como Garotinho.
O recurso julgado por Lewandowski era a principal aposta do ex-governador, após pedido feito na sexta-feira. Além disso, na última quinta-feira, Garotinho obteve decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça para suspender a inelegibilidade decorrente de uma condenação por improbidade administrativa, mas viu o Tribunal Regional Eleitoral do Rio confirmar, horas depois, sentença por compra de votos. Esta condenação mantém a inelegibilidade.
De acordo com uma nota divulgada pela equipe do ex-governador, Garotinho decidirá até a próxima sexta-feira 22 se tentará concorrer a deputado federal, estadual ou a nenhum cargo. Filha de Anthony, Clarissa Garotinho foi anunciada como a pré-candidata ao Senado pelo União Brasil.
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada em 14 de julho indicava Garotinho com 6% das intenções de voto, empatado com Rodrigo Neves, do PDT, e atrás de Cláudio Castro, do PL, com 24%, e de Marcelo Freixo, do PSB, com 22%.
(Com informações da Agência O Globo)
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