O indígena Edgar Yanomami, de 25 anos, morreu na última quarta-feira 28 após ser atropelado por um avião de garimpeiros em uma pista na comunidade Homoxi, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
A informação, divulgada nesta sexta-feira 30 pelo site G1, partiu do presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna, Júnior Hekurari Yanomami, que levou o caso às autoridades.
“Ele [Edgar] estava encostado no mato. Morreu na hora, no local. O piloto, que tem o apelido de ‘Marreco’, fugiu no próprio avião que atropelou. Os próprios garimpeiros pegaram o corpo e levaram para uma outra comunidade isolada”, disse Hekurari.
O Condisi-YY afirma ter cobrado providências, entre outros, da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio, do Ministério Público Federal e de secretarias subordinadas ao Ministério da Saúde.
No documento enviado às autoridades, o conselho declara que “o indisfarçado e desprezível homicídio ocorrido na Região do Homoxi ataca as mais sensíveis liberdades individuais do Povo Yanomami, numa franca estratégia deliberada e sistemática de silenciamento e intimidação desse povo que busca resistir à destruição do seu modo de vida pela invasão do seu território por garimpeiros ilegais.”
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