CartaExpressa
Freixo quer CPI da Devastação para investigar crimes de Ricardo Salles
Denúncias feitas pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva contra o ministro do Meio Ambiente serão o ponto de partida
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou nesta quarta-feira 28 que as denúncias feitas pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, podem terminar em uma CPI da Devastação Ambiental na Câmara.
Em entrevista ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no Youtube, Freixo confirmou que prepara um texto para a instalação da Comissão.
A motivação para as investigações, de acordo com o deputado, veio após Saraiva, que foi exonerado da chefia da Superintendência Regional no Amazonas, fazer acusações de organização criminosa, advocacia administrativa e obstrução de fiscalização contra Salles.
“A Câmara vai contribuir muito com o Brasil se investigar também os crimes ambientais cometidos pelo governo. A pandemia já está bem investigada no Senado. Recebemos aqui o delegado Alexandre Saraiva, que fez no fim do ano passado a maior apreensão de madeira ilegal do Brasil. E ele denunciou que o ministro do Meio Ambiente teria ido a Manaus para defender as madeireiras e as práticas de grilagem”, declarou Freixo na entrevista.
O objetivo, segundo o parlamentar, é que outros crimes ambientais também possam ser investigados. “Não vamos ficar restritos ao caso Manaus”, afirmou.
Para a instalação da CPI são necessárias 171 assinaturas. Se conseguir, a oposição pretende acionar o Supremo Tribunal Federal para exigir que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorize a abertura dos trabalhos.
Assista a entrevista completa:
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
