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Forças de segurança em Minas Gerais aprovam greve por reajuste salarial

Agentes alegam que o governo de Romeu Zema não cumpriu acordo de 2019

Forças de segurança em Minas Gerais aprovam greve por reajuste salarial
Forças de segurança em Minas Gerais aprovam greve por reajuste salarial
Foto: Divulgação/ Polícia Militar
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As forças de segurança pública de Minas Gerais aprovaram, nesta segunda-feira 21, um movimento grevista para pressionar o governo estadual a se posicionar sobre um reajuste salarial demandado pela categoria. Uma assembleia realizada por manifestantes em Belo Horizonte deu aval à paralisação.

Os agentes afirmam que o governo não cumpriu acordo que previa um reajuste escalonado, com reposição salarial de 41% até 2021. Segundo os manifestantes, o total efetivado não passou de 13%. Os policiais cobram que o governo envie ao Legislativo um novo projeto que viabilize o aumento e atrelam à entrega a possibilidade de desfazer a paralisação.

O movimento grevista foi deliberado pelos presidentes de associação de cada categoria: Polícia Civil, Polícia Penal, Bombeiros, Polícia Militar e agentes socioeducativos.

De acordo com a Constituição de 1988, membros das Forças Armadas e policiais militares não podem fazer greve. A proibição foi estendida a policiais federais e civis em entendimento do Supremo Tribunal Federal de 2017.

Em nota, o governo de Romeu Zema (Novo) afirmou que ‘reconhece a necessidade de reposição salarial dos servidores das Forças de Segurança e das demais categorias do funcionalismo estadual’ e se mantém aberto ao diálogo para buscar uma solução que garanta os recursos necessários para o reajuste, ‘mas com responsabilidade e previsibilidade fiscal’.

Em outro trecho do comunicado, o governo sinaliza como uma das possibilidades de recomposição dos salários dos agentes o plano de recuperação fiscal, em negociação com a União. “Reafirmamos que a renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança, mas continuamos em busca de outras alternativas para conseguir fazer a reposição das perdas inflacionárias.”

“O Governo de Minas acompanha as manifestações dos servidores da Segurança e confia que os integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Polícia Penal não deixarão os mineiros sem a prestação de serviços essenciais para a garantia da ordem e segurança da sociedade”, finaliza o comunicado.

 

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