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‘Fomos adversários, mas não somos inimigos’, diz Gleisi sobre Alckmin
A presidenta do PT negou a iminência da formação de uma chapa para as eleições 2022
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse neste sábado 11 que ainda não há negociações para a escolha do candidato a vice-presidente na chapa que será encabeçada por Lula em 2022. Tenta, assim, negar a iminência de um acordo com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de saída do PSDB.
“Esse processo foi muito estimulado por movimentos de São Paulo, envolvendo as eleições para o governo. Mas não tem negociação. Nem entre PT e PSB nem com o presidente”, afirmou Gleisi em entrevista ao jornal O Globo. “Eu deixei claro para o (Carlos) Siqueira, presidente do PSB, que não há nenhum pedido por parte do PT ou do Lula para o Alckmin se filiar ao PSB. Não teve convite nem conversa sobre vice.”
Segundo a presidenta petista, os recentes elogios trocados entre Lula e Alckmin se devem ao fato de que “fomos adversários por muito tempo, mas não somos inimigos”. Ela ainda declarou que “sempre convivemos num processo democrático, Lula respeita o Alckmin e o Alckmin o respeita”.
Na última sexta-feira 10, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) afirmou que a chance de Alckmin assumir o posto de vice na chapa encabeçada por Lula em 2022 é de 99%. O pessebista declarou, ainda, que a ideia de composição da chapa partiu do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e “um pouco do [Gabriel] Chalita [ex-deputado federal]”.
“O presidente Lula, suponho, percebeu um homem experiente, vivido, que estava meio solto ali na história e era o único nome nacional que estava fora das negociações”, afirmou França em entrevista à Rádio Bandeirantes. “Lembrou, fez a sugestão e começou a dar sinais. Claro que a pessoa fica lisonjeada, o Lula hoje é o favorito.”
Alckmin é cortejado pelo PSB, pelo PSD de Gilberto Kassab e pelo Solidariedade de Paulinho da Força. No PSD, porém, o ainda tucano concorreria ao governo paulista, já que o partido deve lançar Rodrigo Pacheco à Presidência.
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