O senador Flávio Bolsonaro, que também é filho do presidente Jair Bolsonaro e coordena a campanha de reeleição do ex-capitão, afirmou nesta quarta-feira 29 que Pedro Guimarães já foi informado que deixará o comando da Caixa Econômica Federal após ser acusado de cometer assédios sexuais contra funcionárias do banco. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com o senador, a decisão partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro após ler as notícias sobre o caso. Ele teria então conversado com Guimarães e informado sua saída para que o caso não fosse usado contra ele durante a campanha eleitoral.
“A decisão do presidente foi correta de imediatamente chamar o Pedro pra conversar e o Pedro compreendeu que poderia ser usado para explorar o presidente, já que é um problema inaceitável, mas é coisa de cunho pessoal do Pedro; não tem nada a ver com o governo, não tem nada a ver com a Presidência”, disse o senador ao jornal.
Segundo destacou, apesar de ter Pedro como um dos seus maiores aliados, o caso não pode ser vinculado a Bolsonaro ou ao seu governo. “A tentativa da oposição e de parte da imprensa de querer vincular ao presidente Bolsonaro não tem nada a ver. O presidente Bolsonaro agora vai ser responsável por questões pessoais, por condutas pessoais que não têm nada a ver com o serviço público para o qual ele foi escolhido para exercer uma determinada missão?”, questionou.
Apesar de confirmar a demissão de Pedro, Flávio não forneceu detalhes de quando exatamente a saída será publicada, nem como ela virá descrita no Diário Oficial da União, se ‘a pedido’ ou se como ‘exoneração’.
“Eu não sei qual vai ser formalmente o despacho no Diário Oficial. Mas o fato é que formalmente, imediatamente partiu dele: ‘olha, Pedro, não dá; tão acusando você aí’… e o Pedro de pronto entendeu, já foi conversar sabendo que isso deveria acontece”, respondeu o parlamentar.
O senador confirmou também que, até o momento, a escolhida para ocupar o cargo no lugar de Pedro é a atual secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques. Ela é uma das mais fortes aliadas de Paulo Guedes. Segundo Flávio, a escolha por uma mulher seria uma forma de ‘deixar claro’ que o ex-capitão não compactuaria com ‘esse tipo de conduta’.
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