A Fundação Oswaldo Cruz disponibilizou ao Ministério da Saúde as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. De acordo com a Fiocruz, o primeiro lote de vacinas nacionais foi liberado pelo controle de qualidade interno de Bio-Manguinhos/Fiocruz no dia 14 de fevereiro.
As pouco mais de 550 mil doses disponibilizadas já compõem as entregas da Fiocruz contratadas pelo Ministério da Saúde para 2022, afirma a fundação. Ao todo, o Ministério da Saúde contratou 105 milhões de doses da vacina da instituição para este ano, sendo 45 milhões de doses da vacina nacional.
“Os imunizantes serão entregues conforme cronograma pactuado e demanda estabelecida pela pasta. A Fundação já produziu um quantitativo de IFA nacional equivalente a cerca de 25 milhões de doses de vacina, das quais envasou 2,6 milhões de doses, incluindo as 550 mil já disponíveis. As demais (cerca de 2 milhões) estão em diferentes etapas para liberação”, afirmou a Fiocruz, em nota.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, entendeu a disponibilização da vacina nacional como um marco ao País. “A liberação das primeiras vacinas Covid-19 100% nacionais, agora disponíveis para o Ministério da Saúde, é um marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde [Ceis]. Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”.
A líder da Fiocruz também disse que o êxito no desenvolvimento do imunizante reforça a importância da vacinação, sobretudo em um contexto de desigualdade vacinal. “Tal êxito nos faz lembrar da importância da vacinação, em todas as faixas etárias, e também a imunização completa com a dose de reforço. Essas medidas ao lado da vacinação em todo o mundo, ainda extremamente desigual, serão fundamentais para o esforço de superação da grave crise representada pela Covid-19”.
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