A família da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, pediu uma nova reunião com o Ministério Público estadual após membros da força-tarefa que investiga o caso pedirem exoneração.
O entendimento dos familiares é de que a troca dos promotores pode impactar na investigação em curso.
Todos os integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado pediram demissão do grupo após o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, ser reconduzido ao cargo pelo governador Cláudio Castro (PL). Mattos ficou em segundo lugar na lista tríplice.
A decisão dos familiares foi a de pedir uma nova reunião com Mattos, que aceitou o convite. Ainda não há data definida para o encontro.
Em nota, os familiares de Marielle justificaram a decisão: “Entende-se que a saída de todos os membros que acompanhavam a Força-Tarefa referente às investigações do caso, por implicar inevitavelmente na interrupção das atividades do grupo, pode impactar no desenvolvimento dos trabalhos em curso, já que a futura nova equipe precisará de tempo para estar a par da totalidade dos autos existentes e, assim, reconduzir a investigação”.
O Ministério Público se manifestou sobre o caso e afirmou que “as nomeações garantem a continuidade das investigações em curso, incluindo o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, que, sem prejuízo, terá recomposta a Força-Tarefa criada pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos em março de 2021”.
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