A Controladoria-Geral da República divulgou os nomes de parte das instituições acusadas de fraudar títulos públicos obtidos por meio do Fundo de Financiamento do Ensino Superior, o Fies. As entidades foram alvo da Operação Falsa Tutela, deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU na manhã desta quarta-feira 12.
De acordo com as investigações, faculdades, servidores comissionados, advogados e terceirizados atuariam na inserção de informações falsas no sistema utilizada pela União para gerenciar as instituições de ensino vinculadas ao Fies. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em cerca de 20 milhões de reais.
As fraudes, segundo a PF, ainda envolvia funcionários do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE e teriam acontecido entre 2017 e 2021. O órgão é vinculado ao Ministério da Educação e tem como atribuição a execução e distribuição dos recursos destinados ao setor.
A CGU informou que, ao todo, 21 entidades são alvo das investigações, sendo que sete delas já são alvos de Processos Administrativos de Responsabilização. São elas:
- Cruzada Maranata de Evangelização;
- Associação de Ensino e Cultura Pio Décimo Ltda.;
- Escola Superior da Amazônia S/C Ltda. – Esamaz;
- Novatec Educacional Ltda.;
- FAUSB Educacional Ltda.;
- FCR Educacional Ltda. e
- Sociedade Educacional Enes Nascimento Ltda.
Outro lado
A reportagem procurou as instituições citadas pela CGU e aguarda posicionamento.
Em nota, a Associação de Ensino e Cultura Pio Décimo disse acompanhar as investigações “com serenidade” e afirmou que, ao descobrir “as ações que estavam acontecendo dentro do FNDE”, notificou os órgãos competentes e acionou a Justiça Federal.
“Neste momento, somos os mais interessados em esclarecer todos os fatos e contribuir nas investigações para que não haja mais prejuízos do que os já foram causados à sólida trajetória construída por nós até aqui”, pontuou.
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