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Fachin alerta para o risco de rompimento da democracia em 2022

Ministro do STF e do TSE listou alguns episódios que contribuem para a preocupação

Jair Bolsonaro e Edson Fachin. Fotos: Marcos Corrêa/PR - Nelson Jr./STF
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, admitiu uma preocupação com as eleições nacionais de 2022. Na ocasião, o magistrado estará à frente do TSE.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o magistrado afirmou que a democracia no Brasil sofre ameaças.

“Minha preocupação central, razão principal pela qual hoje estamos conversando, é a preocupação com as eleições de 2022 e a higidez do sistema eleitoral brasileiro. É preciso defender a democracia, proteger a democracia e proteger o sistema eleitoral brasileiro. Dentro dele como instrumento da democracia nós vamos sair da crise sem sair da democracia”, afirmou.

Fachin listou alguns episódios que contribuem para a preocupação. Entre eles, a remilitarização do governo civil, as intimidações de fechamento dos demais Poderes, as declarações acintosas de depreciação do valor do voto e palavras e ações que atentam contra a liberdade de imprensa.

“Em quinto lugar, incentivo às armas e por consequência a violência —o Brasil precisa de saúde e educação, não de violência nem de armas. Em sexto lugar, a recusa antecipada de resultado eleitoral adverso. Em sétimo lugar, revelando portanto que vivemos uma crise da democracia, e a corrupção da democracia é o arbítrio”, acrescentou.

Lava Jato

Na conversa, o ministro também disse que não acredita no fim da Lava Jato e sim do “lavajatismo”, a doença infantil que surgiu da operação.

“O que quem sabe esteja prestes a acabar é o lavajatismo. De um lado, o lavajatismo que só vê na Lava Jato virtudes e não faz autocrítica e, do outro lado, o lavajatismo que só vê na Lava Jato defeitos e não reconhece, nada obstante alguns defeitos, a relevância dos trabalhos que foram levados a efeito”.

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