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Exército vai investigar número elevado de visitas a Mauro Cid na prisão
De acordo com lista apresentada na CPMI do 8 de Janeiro, Cid recebeu, nos primeiros dias em que ficou preso, 73 pessoas, sendo 41 militares
O Exército vai investigar as visitas que o tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu na prisão. Cid está preso desde 03 de maio no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília (DF).
Na última terça-feira 11, a CPMI do 8 de Janeiro recebeu a lista de visitas que Mauro Cid recebeu na prisão. Nos primeiros 19 dias em que esteve preso, Cid recebeu 73 pessoas. Entre elas, 41 eram militares. O problema, porém, é que as visitas a Cid devem ser restritas à mulher, filhos e advogados, segundo determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é responsável por autorizar os pedidos de visita a Cid.
A lista de visitantes inclui membros do Exército e figuras que faziam parte do antigo governo. Entre outros nomes, a lista inclui os seguintes:
Eduardo Pazuello – ex-ministro da Saúde e deputado federal (PL-RJ)
Fabio Wajngarten – advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação
Júlio César Arruda – ex-comandante do Exército
Jean Lawand Junior – coronel do Exército e um dos nomes envolvidos nas trocas de mensagens de teor golpista com Cid
Ridalto Lúcio Fernandes – general do Exército e ex-diretor de logística do Ministério da Saúde
Outros nomes ligados ao Exército são os de Alexandre Oliveira Cantanhede Lago (general da brigada e ex-diretor de Educação Técnica Militar), Anderson Azevedo Quixaba (Major de Infantaria) e Adriano Alves Teperino (primeiro-tenente). Além dos políticos citados, quem visitou Cid foi o chefe da assessoria técnico-jurídica da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, Fernando Sabóia Vieira.
Na prisão especial (condição permitida a Cid), as visitas acontecem em local reservado, às terças-feiras, quintas-feiras e domingo, e devem ser feitas sob agendamento prévio.
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