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Ex-senador do PSDB defende desistência de Doria: ‘Não anda’

Segundo José Aníbal, campanha do tucano ‘travou e não consegue destravar’ e por isso o ex-governador deveria ter ‘a grandeza’ de abrir mão da disputa

José Anibal. Foto: Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
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O ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) pediu publicamente que o ex-governador João Doria (PSDB) desista de concorrer à Presidência da República . A cobrança foi feita em entrevista à Globonews nesta segunda-feira 16. Na conversa, o tucano avaliou a campanha de Doria como ‘desastrosa’.

“Ele [Doria] ganhou a eleição para prefeito em 2016, renunciou, foi candidato a governador, ganhou, mas agora deu uma travada. Travou e não consegue destravar. E não é justo que o partido fique aí contemplando uma campanha que seria desastrosa com ele como candidato a presidente”, afirmou Aníbal à emissora.

Conforme defendeu, o presidenciável deveria ‘ter grandeza’ e retirar seu nome após os resultados pouco satisfatórios que tem tido nas principais pesquisas eleitorais. Para Aníbal, a insistência do tucano coloca, inclusive, em risco o futuro do partido.

“Que ele [Doria] tenha a grandeza de dizer: ‘tudo bem, a minha candidatura não evolui. Não anda’. Vamos buscar outra candidatura”, opinou o ex-senador. Em seguida, ele sugeriu que o PSDB aposte em Eduardo Leite ou em Tasso Jereissati como concorrente da terceira via ao Planalto.

Em carta enviada aos correligionários neste fim de semana, Doria classificou a movimentação interna pela derrubada da sua pré-candidatura como um ‘golpe’. O texto é assinado pelo seu advogado Arthur Rollo e indica que, caso as prévias do PSDB sejam derrubadas, Doria pretende judicializar a questão. A publicação também criou novos obstáculos para a composição com o MDB e o Cidadania.

Após a publicação da carta, tucanos integrantes da cúpula do partido avaliaram que o texto seria um ‘quase rompimento’ de Doria com o PSDB. Ao site UOL nesta segunda-feira, Rollo reafirmou a posição e rebateu Aníbal.

“A vontade não pode ser a do senador José Aníbal, não pode ser a de nenhum candidato. A vontade é a da maioria. Os filiados disseram que querem a candidatura de João Doria e essa vontade da maioria tem que prevalecer”, afirmou o advogado.

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