CartaExpressa

EUA: momento para Bolsonaro ‘se solidarizar’ com a Rússia ‘não poderia ser pior’

A postura do ex-capitão é ‘inconsistente com ênfase histórica na paz e na diplomacia’, afirmou porta-voz do Departamento de Estado à TV Globo

Foto: MAXIM SHEMETOV / POOL / AFP
Apoie Siga-nos no

Os Estados Unidos criticaram nesta quinta-feira 17 as declarações do presidente Jair Bolsonaro durante viagem à Rússia, no auge de uma crise entre o país governado por Vladimir Putin e a Ucrânia.

Um porta-voz do Departamento de Estado do governo de Joe Biden afirmou à TV Globo que “o Brasil, como um país importante, parece ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor, uma postura inconsistente com sua ênfase histórica na paz e na diplomacia”.

E emendou: “O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior”.

Na quarta-feira 16, após se reunir com Putin, Bolsonaro declarou: “Somos solidários a todos aqueles países que querem e se empenham pela paz”.

Reportagem publicada na terça-feira 15 pelo jornal The New York Times afirma que Bolsonaro cobrou de autoridades norte-americanas um convite para visita ou ao menos um telefonema de Biden e alertou que, se não recebesse o contato, buscaria se reunir com um líder de outra grande potência.

A informação foi confirmada ao veículo por dois funcionários de alto escalão da gestão Biden.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar