Esposa de Arthur Lira ganha cargo no governo de Roraima, alinhado a Bolsonaro

Angela de Almeida Lira foi contratada como secretária-adjunta da Representação Estadual no Distrito Federal, com salário de 14 mil reais

Jair Bolsonaro e Arthur Lira. Foto: Marcos Corrêa/PR

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A esposa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ganhou cargo no governo de Roraima, chefiado pelo governador Antonio Denarium, também do PP, figura próxima ao presidente Jair Bolsonaro. Ex-integrante do PSL, o governador esteve presente nas manifestações antidemocráticas do 7 de Setembro.

Angela Maria Gomes de Almeida Lira foi contratada como secretária-adjunta da Representação Estadual no Distrito Federal em julho, com salário líquido mensal de R$ 14 mil.

Segundo o governo de Roraima, a pasta é responsável pela interlocução com as diferentes instituições com as quais o governo se relaciona na capital federal. Ela tem como superior direta Gerlane Baccarin, secretária responsável pela pasta da Representação Estadual, e também apoiadora do presidente Jair Bolsonaro.

Questionado sobre as competências de Angela Lira para o cargo, o governo estadual de Roraima declarou que “ela é uma administradora experiente, já tendo passado por várias instituições como Banco do Nordeste e Assembleia Legislativa de Alagoas, além de ter excelente trânsito em Brasília”.

Em sua passagem pela Assembleia Legislativa de Alagoas, nos anos 2000, a esposa de Lira foi envolvida em uma acusação judicial contra o marido pela suspeita de atuar como funcionária fantasma. Em depoimento no âmbito da Operação Taturana, da Polícia Federal, sobre desvios na Assembleia, Angela afirmou que foi incluída por ele na folha de pagamento do Legislativo estadual sem desempenhar um trabalho de fato. Na época da investigação, os nomeados da Casa foram afastados, inclusive Lira que era integrante da Mesa Diretora.

A ação de improbidade que menciona a nomeação de Angela foi rejeitada em primeira instância em abril deste ano, mas ainda não houve decisão definitiva. O presidente da Câmara está condenado em outras duas ações de improbidade derivadas do caso da Assembleia, nas quais está recorrendo.


 

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