CartaExpressa
Especuladores investiram R$ 250 mil para manipular jogos de clube da Série D
Caso levou ao indiciamento de seis pessoas



A Polícia Federal (PF) interceptou mensagens que indicam que um grupo de manipuladores teria investido cerca de 250 mil reais para fraudar partidas da Série D do Campeonato Brasileiro de futebol deste ano. A ideia seria beneficiar apostadores.
Segundo informações do Globo Esporte, publicadas nesta sexta-feira 13, o grupo investiu o valor na Patrocinense, de Minas Gerais.
A equipe, que já vinha passando por problemas financeiros desde o início do ano, teria recebido a quantia para perder o primeiro tempo da partida contra a Inter de Limeira por, pelo menos, dois gols.
O resultado, de fato, indicou a derrota. O time mineiro perdeu por 3 a 0 para a equipe de Limeira e todos os gols foram marcados no primeiro tempo.
A publicação aponta que o esquema foi descoberto pelos investigadores e gerou prejuízos aos investidores.
A Patrocinense chegou a receber apoio da AIR Golden, agência do empresário Anderson Ibrahim Rocha, em março. Acontece que, segundo a PF, o clube foi arrendado para ser utilizado em partidas manipuladas, atendendo a demandas de apostadores. Rocha, inclusive, chegou a ser alvo de um mandado de busca e apreensão em junho.
O Globo Esporte não conseguiu retorno dos acusados de envolvimento no suposto esquema.
Em nota oficial divulgada em junho, quando houve operação da Polícia Federal nas dependências do clube, a direção do Patrocinense publicou nota oficial afirmando que “atendeu a todas as demandas solicitadas pelos agentes da Polícia Federal no intuito de contribuir com as investigações.
“O Clube Atlético Patrocinense informa a todos que nenhum integrante da atual diretoria, da comissão técnica atual e nenhum atleta pertencente ao atual elenco do clube possui qualquer envolvimento com o processo citado”, complementou o texto.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.