CartaExpressa
Erika Hilton processa 50 pessoas que a difamaram nas redes sociais
Vereadora pede que o Facebook, o Twitter e o Instagram forneçam os registros e informações dos autores das mensagens


A vereadora Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, entrou com um processo na Justiça para obter os dados de 50 contas de redes sociais utilizadas para difamá-la nos últimos seis meses. Entre os xingamentos, figuram ofensas racistas e transfóbicas.
A vereadora pede para que o Facebook, o Twitter e o Instagram forneçam os registros eletrônicos de acesso, com informações sobre usuário, IP de origem e demais rastreios a fim de identificar os autores das publicações.
“As ofensas e ameaças de cunho transfóbico, racista e machista têm evidente intuito de macular a honra da autora, causar-lhe transtornos psíquicos e emocionais, bem como incitar contra ela o desprezo público, além de pretender obstaculizar sua atuação política em torno da plataforma para a qual foi eleita”, diz a defesa de Hilton no processo.
O dossiê coletado para dar substância às acusações mostram termos como xingamentos como “ser desprezível”, “raça imunda”, “vagabunda”, “jumenta” e “traveco”, além de afirmações de que Erika, uma mulher trans, seria homem.
O valor pedido para cada pessoa processada devido a reparação por danos morais é de R$ 10 mil.
Hilton foi a vereadora mais votada nas eleições 2020 em São Paulo. Ela é a primeira mulher transgênero a ocupar um cargo no legislativo da capital paulista.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.