A CPMI do 8 de janeiro recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo em menos de 48 horas após a sua instalação, que aconteceu na quinta-feira 25.
As solicitações de quebra de sigilo foram feitas, em sua maioria, pelo PT e PDT, partidos que compõem a base do governo. O PSDB fez dois pedidos.
Estão envolvidos nomes como o do ex-presidente Jair Bolsonaro; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Ailton Barros, ex-militar ligado a Mauro Cid; Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI do governo Lula; José Eduardo Natale, ex-coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do GSI; George Washington de Oliveira Sousa, um dos envolvidos na tentativa de explodir um caminhão de combustível em Brasília; Wellington Macedo de Souza, também envolvido na tentativa de explodir o caminhão; e Alan Diego dos Santos Rodrigues, também envolvido no caso dos explosivos.
Até as 21h da sexta-feira 26, a comissão também havia recebido um total de 396 requerimentos, sendo 244 pedidos para convocação de depoentes e quatro convites; e 82 requerimentos de acesso a documentos oficiais.
De acordo com entendimentos do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, testemunhas convocadas por uma CPI são obrigadas a comparecer para prestar esclarecimentos, diferentemente dos convites, que não têm força coercitiva.
A maior parte dos requerimentos de convocações são de partidos da oposição do governo. Foram 169 pedidos contra 75 da base do governo.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e também de oposição ao governo, foi quem mais apresentou requerimentos à CPI Mista, 101 pedidos. Em seguida aparece o PSDB, com 82 protocolos registrados, todos pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Em terceiro, aparece o PDT com 50 requerimentos, todos feitos pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG).
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