Há um mês em meio à frente da Casa Rosada, o presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu demitir, pela primeira vez, um ministro do seu novo governo. Segundo informações divulgadas na noite da última quinta-feira 25 pelo jornal Clarín, Guillermo Ferraro, ministro da Infraestrutura, não fará mais parte do governo.
A demissão ainda não foi confirmada pelo mandatário da Argentina. Entretanto, segundo a imprensa argentina, a demissão tem a ver com o vazamento dos termos de uma reunião realizada entre Milei e governadores do país, na qual o presidente do país teria criticado os chefes das províncias, prometendo deixá-los “sem nenhum peso [a moeda argentina]”.
Ainda de acordo com o Clarín, a demissão também tem como motivo uma série de desentendimentos entre Ferraro e o chefe de Gabinete da presidência, Nicolás Posse.
Um dos funcionários mais próximos de Milei, Posse vinha questionando Ferraro por não promover nomeações importantes para a pasta da Infraestrutura. Ainda não foi definido quem seria o próximo responsável pela pasta.
Assim que chegou à presidência da Argentina, no dia 10 de dezembro do ano passado, Milei enxugou a estrutura ministerial. Atualmente, são nove ministérios no país. Entre eles, está o da Infraestrutura, que abarca setores como Obras Públicas, Energia, Transporte e Comunicações.
O tema das obras públicas vem sendo um dos principais eixos do novo governo argentino. Desde o início do mandato, Milei promete rever contratos de obras públicas e interromper o financiamento estatal para obras dessa natureza.
Desde que a notícia da eventual demissão de Ferraro começou a circular na imprensa argentina, uma das hipóteses que começaram a ser construídas é a de que a pasta poderia ser desmembrada em secretarias.
Nos últimos anos, Guillermo Ferraro trabalhou na empresa de serviços KMPG. Ele era responsável pelo setor de Infraestrutura e Governo na Argentina.
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