Um grupo de médicos brasileiros assinou um manifesto contra o posicionamento do Conselho Federal de Medicina, que acusou parte dos senadores da CPI da Covid se exporem os médicos depoentes a situações de ‘humilhação’.
No texto, os profissionais colocam que discordam das posições do Conselho contrárias à apuração das responsabilidades e omissões para o enfrentamento da pandemia.
“Nesse momento em que o padrão de transmissão da Covid-19 segue elevado, nossa atenção se volta para a necessidade de políticas baseadas na ciência e boas práticas. Polarizações e divisões da categoria são contraproducentes. Consideramos relevante e apoiamos quaisquer iniciativas para mudar o rumo do dramático contexto epidemiológico e social do país. Precisamos somar esforços para fortalecer o SUS e a ciencia brasileira, que conjugados são a melhor resposta para a pandemia”, escrevem os médicos, que ainda pedem a circulação do manifesto entre a classe.
“Muitos médicos se negam a ser cúmplices desse desastre”, finalizam.
O manifesto, assinado por centenas de médicos, reúne nomes como da médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo, do neurocirurgião Paulo Niemayer, o hematologista e oncologista Daniel Tabak, e a médica sanitarista e professora, Ligia Bahia.
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